Nothing better than a good journey can help us to open our mind. The point is to follow something beautiful, to keep ours eyes open and, to try to absorb such a beauty. To try to bring it home it’s what we hope and need, just to fell better and keep dreaming.
Pictures are just a support.
I don’t know why…but I love this country. Here I wanna share some snapshots with you. ENJOY !!
All the images from this book!!
Caldonazzo lake
Genova, Spinola Palace
Padova, Saint's Church
Sabbioneta
Verona, Giulietta's Home passage.
26 comentários:
Never been to Italy but in my dreams. Landscapes through water, earth, fire and air, the four elements combined in beauty. One day maybe i can catch the orient express and with a backpack start a journey, more than the one i can see in my dreams. A voyage to patch my wounded soul or at least to just keep it breathing through the four elements. A passage to a new day, a breeze into the open "fisga", a step to somewhere. Better than stopping is just going...Wherever, whenever, always...A train leaving...Going...
O Vergílio Ferreira dizia "escrevo para ser, para segurar nas minhas mãos inúteis o que fulgurou e morreu". Talvez tb seja por isso que tiramos fotografias, guardamos bilhetes e outros pedaços de viagens : para manter vivo,longe do desgaste do tempo, o que nos deu prazer.Para nos lembrar que prazer e beleza existem, para nunca deixarmos de procurar.
Todas essas pessoas que escreveram e escrevem mensagens de amor em Verona, prestam homenagem a um amor. Não interessa se agora ainda existe ou ja morreu, na altura era o que lhes dava vida. E de alguma forma continuará para sempre vivo nas paredes da casa de Giulietta.
P.S.: as imagens são lindas, como sempre ;)
Wow Cris,,,, the four elements combined in beauty: what a wonderful view. If you wanna catch the Orient Express,, do it in a rush...they are going to stop it... such a beauty! it's something more than this.. it's a colective imagery.
Deve ser alguma forma de fraqueza, mas é a verdade que a maioria das pessoas precisa de colleccionar coisas que nos permitam relembrar sitios e pessoas,, como se a nossa memória nao fosse suficientemente boa. Precisamos continuamente de nos lembrar dos prazeres, de estarmos sempre com esta onda de prazer a percorrer toda a nossa vida,,, parece que é para isso que vivemos.
Eu n sei se será uma fraqueza, mas talvez seja. Eu preciso dessas "muletas"...n consigo viver sem esses fragmentos de momentos que já passaram.....
Acho q lidamos mal c a perda e precisamos de conservar coisas que nos permitam lembrar os contornos de um rosto ou a felicidade de um instante.Temos medo q a nossa memória n chegue para os manter vivos dentro de nós e aí a perda seria completa. Acho q tem a ver c a estimulação dos sentidos : ver pode despertar o cheiro, o toque, a emoção.No fundo, está tudo na nossa memória, no nosso corpo, só precisamos de arranjar formas de nos lembrar, de fazer voltar a viver o que nos dá prazer. E de preferência, criar tb novas memórias e novos prazeres. pq é realmente para isso q vivemos ;)
Parece-me as vezes que todos sofremos de uma profunda desconfiança no futuro,,, de que nos possa oferecer algo de muito bonito e que nos possa dar prazer. Por isso precisamos de recolher esses fragmentos,,, para construir um passado que nos tranquilize no presente e nos projecte no futuro. Será que o homem tem uma visão da vida assim tão limitada???? è que não ha beleza nenhuma nisto!
Não sei...eu espero q n. Acho q temos mta dificuldade em saltar para o vazio. Os fragmentos do passado que nos "tranquilizam no presente e nos projectam no futuro", dão-nos uma sensação de segurança. De falsa segurança, digo eu.E talvez a desconfiança no futuro, esteja ligada à desconfiança nas pessoas. Infelizmente, é difícil encontrar alguém que nos dê o mm "conforto" q os fragmentos, para saltarmos para o vazio.Precisamos todos, urgentemente, de pessoas q nos dêem fé no futuro, q nos inspirem, q tornem o mundo bonito. Que nos façam ver a beleza de saltar para o vazio de vez em qd.
"Escondes o teu rosto porquê?
Talvez porque as cicatrizes do exterior espelham precisamente as que me trespassam por dentro. Não olho como quem vê, observo apenas como quem sente. O vazio? Esse existe num quarto de hora, num minuto, mas num espaço cronometrado por saber que talvez um dia... Talvez um dia a passagem do tempo traga a tranquilidade de um um despertar solarengo...Talvez um dia as passadeiras deixem de ter riscas...Talvez um dia o comboio da linha de cascais pare mesmo no meio da areia e me deixe sentir o granulado assim que saio da carruagem... Talvez um dia volte. Talvez um dia fique. Talvez um dia... Um salto que vale apena dar, se a alma for grande e o coração ainda bater. Porque lá em baixo está um rosto que diz: estou aqui"
life in its imprecisions it's accurate about a moment of pleasure or happiness. it never fades...it's skindeep.
Sem dúvida que os auxilios de memoria do passado,, são de confiança.... e as pessoas, especialmente se projectamos muito para o futuro,,,, enfim,,,,
Muitas vezes o problema deve ser mesmo essse, skindeep.... as coisas quase nunca são souldeep,,, mas apenas na superfcie,,,,
souldeep is not easy,, but necessary !
Talvez o "segredo" seja n projectar mto para o futuro... ninguém pode prometer tanto. Talvez o "segredo" seja acreditar no momento, no presente. Afinal o futuro é a soma de vários presentes que se vão tornando passado.....se somarmos vários presentes bons talvez o futuro tb o seja......
as coisas que trespassam o skindeep e chegam ao souldeep são os vasos saguineos de estar aqui. à superficie deixam-se escamas, na profundidade deixam-se marcas. o texto nao falava de um futuro ou de um presente ou de um passado, falava de um talvez, que reune em si mais possibilidades que um ontem, um hoje ou um amanhã. Porque acordar a pensar talvez, faz com que o nao sei desvanesça um pouco. E as marcas profundas ficam. Quem desde até às profundezas deve ser corajoso, porque não há caminho de volta ao tocar alem do que está à tona. O problema talvez seja esse...magoa...
Claro que ninguem pode projectar nada para um futuro demasiado longinquo,,, e de promessas todos estamos fartos.... estou mais a falar de palavras e de promessas estamos a falar da beleza das coisas nao ditas,,, das certezas demonstradas, quaquilo que nunca foi dito mas que constatamos todos os dias,,,. Nada de promessas e projecções,,, mas falo de vontades e de intenções, daquelas boas, daquelas serias, daquelas com as quais podemos contar... Sem precisarmos que nos digam nada. Sem precisarmos de dizer nada.
Sim, as projecções podem ficar para os peritos em estatisticas... As promessas foram criadas para não serem cumpridas, talvez dai a raiz da palavra que eu vejo como "pr-ó-messa" ou o equivalente em ingles "as if". As intenções, vontades, descaiem-se sem querer, porque quando sao serias existem por si só. E talvez por vezes se escondam por detras de palavras, para que nao se revelem no nao dito e outras vezes, talvez se mostrem por excesso...A nudez de um silêncio ou de uma ausencia, a musica da mae chamada Intensidade... acreditar que se pode sair da caverna, mesmo com a luz do sol no seu pico de meio-dia...
Concordo White Scratcher.
Tal como disse a Cris, as intenções qd são sérias não precisam de palavras. Vivem por si só, reconhecem-se sem ser preciso falar.Qd tentamos dar um nome às coisas, geralmente elas perdem alguma da sua beleza pq um nome é só mm isso, um nome.O que ele designa é mto mais... E as palavras tb só são palavras, podem ser interpretadas de mil maneiras. A verdadeira beleza está no silêncio, em intenções que se encontram nesse intervalo entre as palavras, que simplesmente existem e reconhecem a existência das outras.Sem ser preciso mais nada.....apenas vontade de estar ali.As promessas podem ser quebradas, esta vontade não.
Me and Italy we have a problem: Italy as a country has perfect landscapes and an amazing history... ok, positive. When you start to discover real Italy when art is at the same time with trash, when behind the beautiful landscapes there is a complete mess around... you feel a little bit "betrayed".
(this is what I think)
Thanks 4 your comment on Kraak FM <'+++<. :)
Hugzz
Sim Cris, porque existe muita beleza cá fora... só precisamos de sair da caverna da ignorância.
Catwoman,, estes auxilios da memória será que se encaixam nestes intervalos de que fala?? Pelo facto de fugir das palavras,,,,será esse o tal significado profundo que lhes atribuimos??
Será que a beleza foge mesmo as palavras???
O mesmo Kant, quando falava da beleza, nao conseguiu ser muito claro. Só é verdadeiramente puro, dizia ele, o que é livre de interesse por parte de quem observa,,,,, ao mesmo tempo dizia que a interacção das experiencias vividas era fundamental para que qualquer pessoa pudesse sentir algo de especial na observação de um objecto e tivesse a capacidade de o definir como "belo".
Thanks peixinho, I think it´s a common problem of a lot of cities... I'm sorry about that more than you,,,, sure,,,
Talvez...se calhar por se encaixarem nesse intervalo n precisam de palavras. Aquilo q significam para nós é evocado em silêncio. E só tem valor para nós pq para o explicarmos aos outros precisamos de palavras e essas nunca irão passar a mensagem de forma correcta...ou pelo menos é isso q sentimos.Parecem insuficientes para explicar aquilo que esses fragmentos significam ou significaram.
Qto ao Kant, talvez tivesse razão sobre as experiências vividas.Eu chamaria a isso "química". É essa química inexplicável que temos com alguns objectos que nos permite ver a sua beleza. E talvez essa química nasça das mistura das nossas experiências e das experiências daquilo que observamos.
Um pedaço de papel, uma conversa repetida mentalmente, um bilhete de teatro, cinema, de um concerto. Uma data nele inscrita, mas um momento que ultrapassa essa data. uma caixinha de memórias, um livro de recortes para trazer de volta a musica de momentos vividos. um intervalo de silêncio, uma pausa no meio de uma opera , com os intervenientes de lagrima ao canto do olho. Lá fora há algo de muito belo como a chuva quando cai no cabelo e o ensopa com a água do seu choro. Mas mais que fora, a beleza existe num movimentar de maos enquanto se fala, num sorriso meio tosco, num ficar especado, num andar suave como quem caminha a beira mar, numa expressao enigmatica, num olhar melancolico, na profundeza do sentir. O belo e o bom Platao associava ao plano das ideias, talvez fosse para ele mais facil colocar os termos assim. Belo passa acima de tudo por sentir, mesmo na ausencia de palavras, mesmo na ausencia da presença, mesmo na ausencia, sentindo...
"Beauty reveals everything, because it expresses nothing".
Pois,,, estamos nos a falar de experiência de vida,,,,
Poem On Sensibility
1791
Sensibility, how charming,
Dearest Nancy, thou canst tell;
But distress, with horrors arming,
Thou alas! hast known too well!
Fairest flower, behold the lily
Blooming in the sunny ray:
Let the blast sweep o'er the valley,
See it prostrate in the clay.
Hear the wood lark charm the forest,
Telling o'er his little joys;
But alas! a prey the surest
To each pirate of the skies.
Dearly bought the hidden treasure
Finer feelings can bestow:
Chords that vibrate sweetest pleasure
Thrill the deepest notes of woe.
By Robert Burns
"The word of a snail on the plate of leaf?
It is not mine. Do not accept it.
Acetic acid in a sealed tin?
Do not accept it. It is not genuine.
A ring of gold with the sun in it?
Lies. Lies and grief.
Frost on a leaf, the immaculate
Cauldron, talking and crackling
All to itself on the top of each
Of nine black Alps.
A disturbance in mirrors,
The sea shattering its grey one -
Love,love, my season"
Sylvia Plath
Para n destoar ;)
Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei
Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso
Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento
Sophia de Mello Breyner Andresen
Livro Sexto (1962)
Não sei bem pq mas esta última estrofe faz-me lembrar os tais intervalos entre as palavras, os silêncios....
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