segunda-feira, julho 30, 2007

Passada em meados do século XX, de 1948 a 1973, em Atlanta, no sul dos Estados Unidos, Miss Daisy conta a história de uma senhora judia, Daisy Werthan, e do seu chofer, Hoke Coleburn. De início, Miss Daisy não fica muito contente por se ver forçada a depender de um homem negro, contratado pelo seu filho, Boolie Werthan. Mas Hoke conquista-a, pacientemente, com a sua dignidade e sentido de humor, e durante os vinte e cinco anos em que decorre a acção geram-se laços profundos de amizade e de compreensão.Pontuando a acção, temos as lutas pelos direitos civis nos Estados Unidos, com referências a Martin Luther King, por exemplo. As personagens tentam perceber e adaptar-se, em termos pessoais e sociais, a um mundo que está a mudar. Miss Daisy é uma análise subtil das tensões raciais e dos preconceitos. Miss Daisy e Hoke chegam a um mútuo respeito baseado na independência, na força de carácter e numa teimosa integridade, que, para lá do seu contexto histórico e cultural, têm um valor universal.
(Texto e Imagem do Teatro da Trinidade)



Provavelmente foi a última actuação de Eunice Muñoz. Esta peça, que abrange um espaço temporal muito alargado, é muito bem interpretada por uma actriz que a cada cena conta o seu próprio envelhecimento. Os percursos de carro da Miss Daisy com o seu motorista Hoke criam um ambiente intimo onde a estima e o respeito entre os dois têm a sua base de crescimento.
Uma das peças mais actuais cuja performance foi soberba. Parabéns Eunice!

4 comentários:

A Desafinada :) disse...

Junto-me a ti nos parabéns a essa grande actriz .... Eunice Munoz

beijos
BF

The White Scratcher disse...

Verdade Desafinada,, estes parabéns não desafinam nada.

João Roque disse...

Amigo White Scratcher
não vi a peça, mas vi o filme e com a interpretação da Eunice, estou certo que deve ser um espectáculo muito bom.
Só não percebo porque dizes que será provàvelmente a última peça dela. Vi há 2/3 meses "A dúvida" com ela e pareceu-me em forma; claro, os anos contam, não haverá tanta disponibilidade física da sua parte , nem tantos papéis adequados à sua idade; mas afinal, como dizia outra grande actriz, que morreu, com muitos anos de vida e a representar quase até ao fim, Palmira Bastos: "as árvores morrem de pe!"
Abraço.

lampejo disse...

Grande actriz, sim senhor...
Abraço!