Passada em meados do século XX, de 1948 a 1973, em Atlanta, no sul dos Estados Unidos, Miss Daisy conta a história de uma senhora judia, Daisy Werthan, e do seu chofer, Hoke Coleburn. De início, Miss Daisy não fica muito contente por se ver forçada a depender de um homem negro, contratado pelo seu filho, Boolie Werthan. Mas Hoke conquista-a, pacientemente, com a sua dignidade e sentido de humor, e durante os vinte e cinco anos em que decorre a acção geram-se laços profundos de amizade e de compreensão.Pontuando a acção, temos as lutas pelos direitos civis nos Estados Unidos, com referências a Martin Luther King, por exemplo. As personagens tentam perceber e adaptar-se, em termos pessoais e sociais, a um mundo que está a mudar. Miss Daisy é uma análise subtil das tensões raciais e dos preconceitos. Miss Daisy e Hoke chegam a um mútuo respeito baseado na independência, na força de carácter e numa teimosa integridade, que, para lá do seu contexto histórico e cultural, têm um valor universal.
(Texto e Imagem do Teatro da Trinidade)
Provavelmente foi a última actuação de Eunice Muñoz. Esta peça, que abrange um espaço temporal muito alargado, é muito bem interpretada por uma actriz que a cada cena conta o seu próprio envelhecimento. Os percursos de carro da Miss Daisy com o seu motorista Hoke criam um ambiente intimo onde a estima e o respeito entre os dois têm a sua base de crescimento.
Uma das peças mais actuais cuja performance foi soberba. Parabéns Eunice!
Uma das peças mais actuais cuja performance foi soberba. Parabéns Eunice!